terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Avanço do mar entre Farol de São Tomé e Açu

O avanço rápido do mar no litoral de Campos e São João da Barra resultou na erosão em trecho da estrada litorânea entre o  Xexé e Maria da Rosa, no Cabo de São Tomé. Devido à destruição de trecho da estrada, na curva situada nas proximidades da Ponte sobre o Rio Açu, em Maria Rosa, a Defesa Civil de Campos interditou a estrada na tarde desta terça-feira (06) para evitar acidente, com queda de veículos dentro do mar. Autoridades das áreas operacionais da Prefeitura de Campos, e técnicos do Inea (Instituto Estadual do Ambiente) foram acionados. Motoristas que estiverem no Farol, com destino ao Porto do Açu, tem como caminho alternativo a RJ-216, entrando em Baixa Grande, na rodovia municipal, que liga o distrito à localidade de Capela de São Pedro, onde tem acesso novamente à estrada litorânea.


Veículos traçados (com tração 4 X 4) da Defesa Civil e do INEA retiraram veículos que se arriscaram na travessia sobre o elevado banco de areia na estrada e ficaram com as rodas presas. No final de segunda-feira (05), devido ao comprometimento do leito da estrada, desestruturado pelas águas do mar, os secretários da Defesa Civil, Henrique Oliveira, e de Obras, Urbanismo e Infraestrutura, Edilson Peixoto, acordaram em utilizar uma máquina nesta terça-feira pela manhã, para amontoar areia na estrada, próximo da ponte. 

- Essa medida visa impedir que motoristas tentem ultrapassar o ponto de bloqueio e sejam vítimas de acidente por imprudência, tendo em vista o iminente risco de desabamento -, descreve o major Pessanha, subsecretário da Defesa Civil, em Campos, que esteve com equipe do órgão e técnicos do Inea. Ele informou que venta muito no local e os trabalhos com a máquina na tarde e noite desta segunda-feira implicaria em risco para motoristas de caminhões bem como para o operador da máquina pá mecânica.

O secretário de Defesa Civil afirma que já estão sendo adotadas medidas emergenciais e, em seguida, será discutida a situação com a comunidade acadêmica, tendo em vista que, neste momento, não existe alternativa para frear o avanço do mar. “A solução nos remete à construção de enrocamento (formado por fragmentos de rocha compactados em camadas de rochas) na orla daquele trecho, mas essa alternativa é algo de elevada complexidade técnica.  Há necessidade de estudo hidrológico, ações que não são de competência dos municípios, porque ali, na orla, decisões dessa natureza competem à Marinha do Brasil e ao Ibama”, detalha o secretário Henrique Oliveira.


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